
Na questão da Revelação há atualmente uma crise de autoridade. Sem Revelação não há Teologia. A única maneira de conhecer a Deus é pela revelação que Ele faz de si mesmo. O conceito tradicional de Revelação que comunica verdades objetivas é desafiado pela Revelação Existencial. Tomás de Aquino foi quem influenciou toda a Teologia Católica até o II concílio do Vaticano.
A nova corrente teológica – a NEO-ORTODOXIA, rompeu com a posição da Reforma com respeito à Revelação. Para eles a revelação ocorre agora quando a Palavra de Deus que é Cristo é proclamada e recebida pela fé. Oscar Cullmann e W. Pannenberg, falam da Revelação como a história da Salvação. Já F. Schleiermacher, Albrecht Ristsch e C.H. Dodd unanimemente falam da Revelação como uma experiência interior. Gregory Baum e Gabriel Moran compreendem a Revelação como uma percepção ou consciência. Para a Teologia da Libertação, Revelação ocorre quando conhecemos e aceitamos o chamado de Deus para participar da luta histórica por libertação.
A Teologia Liberal afirma que a Revelação Geral é suficiente para a salvação. A tradição de Tomás de Aquino afirma que a mente racional com a ajuda da analogia de Deus é capaz de provar a existência e a perfeição de Deus. A revelação especial que é dada através de sonhos, visões teofanias, alcançou seu clímax em Jesus Cristo.
Nas eras moderna e pós-moderna muitos cristãos concluem que a revelação cognitiva especial procedente de Deus é impossível. Abordando a doutrina da Revelação, os teólogos tentam interpretar as Escrituras partindo da suposição de que em sua redação participaram unicamente seres humanos. Os críticos históricos veem no conteúdo das Escrituras o produto de um longo processo de evolução cultural. As Escrituras falam de uma variedade de padrões divinos na Revelação. Na introdução da Epístola aos Hebreus Paulo afirma que “Havendo Deus, outrora, falado, muitas vezes e de muitas maneiras, aos pais, pelos profetas, nestes últimos dias, nos falou pelo Filho, [...]” (Heb. 1:1-2 ARA).
Resenha de leitura por: Gilberto B. da Silva
Referências:
REID, George W (Ed.). Compreendendo as escrituras: uma abordagem adventista. Engenheiro Coelho: UNASPRESS, 2007. págs. 59-91.
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